Em um país em que a justiça age de forma a fazer as suas escolhas a dedo, dependendo da condição social, econômica e política do indivíduo, um texto saudosista como este de Milton Hatoum, deveria fazer, mas acaba não fazendo nenhum sentido..., para muitos dos que compõe o nosso corpo jurídico.
Existe magistrado exemplar?
Não só existe, como conheci essa rara figura. Aliás, raríssima, de dar inveja (data venia) aos mais nobres magistrados. Não sei se era religioso; talvez sim, mas com uma generosa pitada de agnosticismo, que é o sal do niilismo moderno.
Sei que era francês. Eu o conheci nos meus primeiros dias de Paris, no inverno tenebroso de 1978. Passamos uma tarde inteira e uma parte da noite num café da rue Fouarre. Que magistrado incrível! Que exemplo de juiz de instrução, ainda mais neste tempo de privilégios, que há séculos é o tempo brasileiro.
(continua em "mais informações")