sábado, 28 de setembro de 2013

jose "pepe" mujica na onu

A Assembléia Geral da ONU deste ano trazia uma expectativa voltada para as questões da crise econômica que ainda contamina muitos países, sobretudo na Europa, e a questão, ou talvez  a falsa questão da Síria. A maioria dos discursos foram protocolares. A presidenta Dilma Roussef pegou uma outra estrada e fez um discurso forte, direcionado, como tinha que ser, defendendo a soberania nacional e atacando a bisbilhotice do governo dos EUA, e teve uma grande repercussão internacional. Aqui o discurso na íntegra.
Mas foi um outro discurso que alcançou um patamar muito acima das questões rasteiras que definem as peças do jogo das relações de poder no mundo: a antológica fala do presidente uruguaio José "Pepe" Mujica.
Dentro da Teoria do Caos, o bater de asas de uma borboleta pode causar um tufão do outro lado do mundo. O chamado "efeito borboleta". O discurso de Pepe Mujica - sabemos - ainda que fique nos anais da ONU, não causará ao menos uma brisa nos rumos mercantilizados do planeta. De qualquer forma, este Empório entende que o velho Pepe deve ser sempre ouvido e por isso o apresenta na sua versão original e com o texto em português clicando em "mais informações".



terça-feira, 24 de setembro de 2013

pablo neruda

Ontem completou-se 40 anos da estranha morte do poeta chileno Pablo Neruda, fato ocorrido apenas 12 dias após o golpe militar que derrubou Allende. Abaixo dois emocionantes vídeos. O primeiro, o incrível funeral do poeta.




quarta-feira, 11 de setembro de 2013

40 anos do golpe militar no chile

O presidente Salvador Allende
Há exatos 40 anos ocorria um dos muitos atentados à democracia na América Latina: o golpe de Estado que derrubou e levou à morte o presidente eleito Salvador Allende. Em 11 de setembro de 2011, este Empório tratou do tema sugerindo dois filmes. Um deles é o 11th september dirigido por 11 diretores, entre eles Ken Loach. Ver aqui . O outro é "A batalha do Chile", de Patrício Guzmán. Ver aqui . Falamos também na ocasião sobre o outro 11 de setembro: o atentado às Torres Gêmeas em Nova Iorque, recuperando um artigo escrito no dia 12 de setembro de 2001 e publicado pela Revista Revés do Avesso. Ver aqui

domingo, 1 de setembro de 2013

mais dignidade, mais respeito, mais médicos


Este Empório não pretendia colocar nas suas prateleiras a questão do Programa Mais Médicos por entender que seria discorrer sobre o óbvio e que, manifestações como a que vimos há algum tempo na Av. Paulista seriam esquecidas e os seus participantes se recolheriam, envergonhados, às suas bem equipadas casernas. Mas parece que o ar está mesmo carregado de uma onda reacionária que, envolvida e misturada com as frentes frias e quentes do nosso aquecimento global, nos trazem vírus que são muito resistentes.
A obviedade a que nos referimos, é evidente, é que um programa que busca cobrir as lacunas de uma desatenção a uma parcela mais necessitada da população não deveria ter oposição tão explicitamente desavergonhada.
Assim como o medo que tem a sua utilidade de nos prevenir de um perigo, por frear algumas das nossas impetuosidades, a vergonha, muita vezes, nos impede de cometermos atos que nos coloque em situações vexatórias, algumas delas que, mais do que ultrapassar alguma linha moral – sempre discutível – ultrapassa a linha ética, essa, que uma certa classe médica brasileira está, sem nenhuma vergonha, ultrapassando.
Os episódios ocorridos no Ceará, de médicos desavergonhados - que quando se formaram fizeram um juramento de respeito pela vida humana-, agrediram todas as vidas ali envolvidas: as dos médicos cubanos; as dos pacientes necessitados que serão atendidos pelos médicos cubanos - que eles se recusam a atender - e, evidentemente, às suas próprias vidas, estas que eles não conseguem sequer perceber esta autoagressão.
Mas ao episódio se somam ainda a de jornalistas, que não tendo a compreensão mínima das diferenças filosóficas entre humanismo e mercantilismo, confundem escravagismo com livre dedicação, ou ainda os que acham que médicos têm que ter “aparência”, de médico, seja lá o que isso queira dizer, mas, por convicção,  que não podem ter a aparência de “empregados domésticos”, como quis nos ensinar uma jornalista de Natal que nem mesmo para ser criticada alcança a condição de ser citada.
O cerne da questão é apenas um. Esta certa classe médica não quer atender a população situada nas periferias do país, o que é um direito que lhes cabe. Mas a questão não se encerra aqui. Eles pretendem, além disso, que ninguém as atenda. Não nos confundamos. Aqui não há meio termo. Essa classe médica, a despeito da atribuição que, por princípio ético, deveria os ligar à vida, a qualquer vida, estabelece um corte em que, para eles, algumas vidas valem mais que outras.  

( clicando em "mais informações", indicamos alguns links)

os renascentistas do masp

Da série as "obras do Masp", algumas do Renascimento Italiano.
Rafael.
Título:
Ressurreição de Cristo Dimensões:
52 x 44 cm
 

(mais obras em "mais informações")