A lembrança é válida por conta da data redonda dos 500 anos da morte do pintor holandês.
Abaixo, um artigo de Walnice Nogueira Galvão publicado no blog do Nassif .
O V Centenário de Hieronymus Bosch, por Walnice Nogueira Galvão
O V Centenário de Hieronymus Bosch
por Walnice Nogueira Galvão
Os 500 anos da morte do grande pintor foram alvo de muitas celebrações, a mais visível sendo a do Museu do Prado, em Madri, esplêndida pinacoteca que disputa fácil a palma de melhor do mundo. Sua proeminência depende, como costuma ser o caso, do número de anos que a potência ocupou outros países e se fartou de pilhá-los, arrebatando seus tesouros para a metrópole. O Prado é um desses casos, oferecendo ao visitante um resumo da história do mundo e do imperialismo.
Talvez já se tenha perdido de vista o quanto a Espanha foi opulenta e poderosa no passado, mas o acervo do Prado refresca a memória. Pois é lá que, entre outras coisas, existe uma coleção extraordinária da chamada pintura flamenga, aquela que foi produzida na Holanda e na Flandres belga, sendo divergente da pintura renascentista que iria predominar na Itália e a partir dali no resto do mundo. Nada de formas arredondadas e amplas, perspectivas que se desenrolam, temas elevados, cunho majestoso e até monumental, bem mediterrâneo - características da pintura italiana. Na flamenga tudo é mais gótico, angular e rígido, com laivos nórdicos, bem como miudamente verista e menos grandioso. A fidelidade ao realismo mais chão é sobretudo burguesa, já que esses países são burgueses avant-la-letre.
(continua em "mais Informações")