terça-feira, 20 de novembro de 2012
albert camus; a descoberta do absurdo
O vídeo acima, em forma circular, aponta para um fragmento de um tema mais complexo, tratado por Albert Camus sobretudo no seu livro "Mito de Sísifo": o trabalho repetitivo sem sentido, aplicado à Sísifo como pena por este ter enganado os Deuses.
Sartre, bem antes do seu rompimento com Camus, resenhou O Mito de Sísifo de Camus: "O absurdo (...) não está nem no homem nem no mundo, se os tomamos à parte, mas como a característica essencial do homem é 'estar no mundo', o absurdo acaba por coincidir com a condição humana. Também o absurdo não é o objeto imediato de uma simples noção; é revelado por uma iluminação desolada. 'Levantar, bonde, quatro horas de escritório ou fábrica, refeição, quatro horas de trabalho, refeição, sono, bonde, e segunda, terça, quarta, quinta, sexta, sábado no mesmo ritmo...', e depois, de repente, 'os cenários desabam', e chegamos a uma lucidez sem esperança".
Esta parte da resenha crítica de Sartre, se refere a um trecho do início do livro de Camus e, em coincidência, é o tema do vídeo.
Este ensaio de Sartre foi publicado no Brasil pela Cosac Naify com o nome "Explicação de O estrangeiro".
Em tempo: Camus recusava enfaticamente ser confundido com a filosofia "existencialista".
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2 comentários:
Putz, Cesar!!!
Como você disse no almoço, coincidentemente, o mesmíssimo tema. Pois, o mesmo sentimento...
Pois é, este é um tema comum a todos nós: a falta de sentido que nos cerca.
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