domingo, 13 de julho de 2014

e a copa terminou...

Chegamos ao final. Alemanha campeã e Argentina vice mais uma vez em uma das melhores Copas da história. A seleção brasileira deu vexame dentro do campo e, fora dele, demonstrou viver uma realidade paralela através das entrevistas coletivas que beiraram o patético. Se na Copa de 1982 tivemos o personagem Pacheco, nesta tivemos a Dona Lúcia, figura que se candidata a ficar no folclore do futebol nacional. Mas, se a "pátria de chuteiras" e os profetas do apocalipse que apostaram que tudo iria dar errado perderam, o Brasil ganhou e muito. A Copa foi um sucesso em todos os sentidos. Alavancou uma imagem positiva do país nos quatro cantos do mundo, com a enorme receptividade dos brasileiros; com estruturas adequadas ao evento e com grande poder de organização. Não houve pane nas comunicações (muito ao contrário: foi a Copa mais conectada da história) nem nos aeroportos; os estádios ficaram prontos, os transportes funcionaram sem solavancos, levando milhares de torcedores que acompanharam suas seleções às cidades-sede, e, mesmo as manifestações que prometiam infernizar o mês de junho se apequenaram diante do envolvimento que a Copa proporcionou.
O impacto econômico também é outra grande marca. A Isto É Dinheiro publicou estudo da Fipe/Usp (ver matéria aqui ) que indica que a Copa movimentou R$ 30 bilhões. Destes, R$ 25 bilhões foram investimentos do governo federal em infra-estrutura. Os custos com estádios representaram R$ 8 bilhões e são empréstimos do BNDES. R$ 12 bilhões foram destinados à construção de corredores de ônibus e novas vias de acessos além de R$ 7,3 bilhões para a modernização de aeroportos. São legados que ficam. Foram criados 900 mil empregos durante a Copa. O setor de turismo também teve um retorno acima da expectativa. Diz a matéria da Isto É, que a cidade de São Paulo esperava um ganho de R$ 700 milhões mas a uma semana do encerramento da Copa o volume já passava de R$ 1 bilhão. Há ainda uma pesquisa que demonstrou que a grande maioria dos turistas que aqui tiveram tem o interesse de retornar.
Enfim, agora basta esperar que o Felipão e a sua turma, descansem em paz, nos seus recantos aprazíveis e que levem com eles os milionários vasos da CBF e os apocalípticos profetas que devem estar com uma ressaca danada.

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