A ópera-bufa, um gênero teatral italiano já percebido lá
pela metade do século 18, em que os atores variavam as suas interpretações cênicas
entre uma espécie de cômico rasgado e o cômico dramático, foi atualizado esta
semana por jovens procuradores do Ministério Público Federal aqui no Brasil. Os
meninos viraram sucesso nacional. Desempenharam a arte do malabarismo
contorcionista e tentaram encaixar peças que não cabiam nos compartimentos
preparados. O que se encaixa perfeitamente para o episódio, é a velha expressão
“seria cômico se não fosse trágico”.
Bom, tudo isso porque o estágio do golpe agora segue para a
cartada final: tirar o ex-presidente Lula do páreo para a próxima
eleição e, mais do que isso, desconstruir a sua imagem e colocar no lugar uma
outra, carrancuda, sinistra, criminosa.
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