terça-feira, 11 de setembro de 2012

a cidade das exposições, e das filas

Filas, filas e mais filas. Essa é a São Paulo dos pontos de ônibus, das bilheterias e catracas do Metrô, dos bares, dos serviços públicos, da Famiglia Mancini, dos jogos do Corinthians, dos eventos e das exposições.
Sobre as exposições, são muitas - algumas delas mencionadas neste Empório - e entre elas as de muito apelo, como a dos Impressionistas no Centro Cultural Banco do Brasil, a de
Caravaggio no Masp, a Bienal, com 348 obras de Artur Bispo do
Rosário e de mais 110 artistas de vários cantos do mundo. Já terminaram as filas da Bienal do Livro e no mês que vem começam as filas da Mostra Internacional de Cinema.
A fila é um componente da paisagem da cidade, quase um patrimônio a ser tombado.  O paulistano está tão acostumado com elas que mesmo em cinemas e teatros com lugares previamente marcados, ela, displicente, aparece. Nos finais de semana, é de bom tom, não abandoná-las. São carregadas e esparramadas nas vias Anchieta e Imigrantes no caminho do litoral.
A significância da fila é tão grande em São Paulo que um prefeito, de má memória, tentou burlá-la, e criou o "Fura-fila", um projeto de transporte com veículo leve sobre pneus.  Não, este não era o apelido, cunhado pelo cancioneiro popular, era o nome oficial. O projeto patinou nas mãos dos prefeitos que o sucederam mas o nome foi alterado várias vezes, sempre sem muita criatividade, mas pelo menos deixaram no limbo, o nome tão pouco citadino.
(continua..)


Volto às exposições. Há aquelas também de menos apelo mas igualmente recomendadas que, talvez, não prescindam de filas. O MAM apresenta 42 obras de Adriana Varejão, uma das artistas brasileiras mais reconhecidas mundo afora. O Itaú Cultural (essa talvez com filas: ainda não vi) apresenta uma super retrospectiva de Ligia Clark ( que comentarei numa postagem específica). Na Pinacoteca  o venezuelano Cruz-Diez, já comentada neste Empório. O Liceu de Artes e Ofício traz, ainda, a exposição paralela à 30° Bienal de São Paulo, que promete ser muito interessante.




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