Quem for à exposição “Caravaggio e seus seguidores” no Masp, que se encerra em 30 de setembro, verá uma obra de Artemísia Gentilesch(1593-1653). Como eu, acho que muitos tiveram ou terão a curiosidade de saber quem era essa figura que, em pleno século 17, em um meio tão essencialmente masculino se destacou entre tantos pintores.
Mas, evidentemente, seu percurso não foi nada fácil. Filha do pintor Orazio Gentileschi – que também tem uma obra na exposição – Artemísia foi recusada na Escola de Artes de Roma, por ser mulher. Depois dos primeiros ensinamentos de seu pai, ele mesmo a encaminha ao pintor e discípulo Agostino Tassi. Inicia-se aí um drama que percorrerá pela vida de Artemísia e influenciará na sua obra. Artemísia é violada por Tassi. Ao caso, sucedeu-se um longo processo judicial em que Artemísia foi muito exposta, tendo que sair de Roma para se preservar e sair da ótica e da moral da igreja romana. Tassi acabou condenado, mas graça a influências, não cumpriu a pena. Há versões que relatam que Artemísia passou de vítima à ré, e caiu nas mãos da inquisição, sendo torturada. Essa versão é apresentada por Susan Vreeland, no livro A paixão de Artemísia (editora José Olyimpio)
De qualquer forma, Artemísia se instala posteriormente em Florença, onde é aceita como a primeira mulher na Academia de Artes de Florença, mas não antes sem ter se casado para ser aceita em sociedade.
Muitos dos temas em que Artemísia trabalha, como o quadro “Judite decapitando Holofermes” ( na sequência, após quebra de página), parece refletir um certo acerto de contas com o passado. É forte também na sua obra a presença da mulher como heroína, sempre em trabalhos com grande elaboração da luz e da sombra na linha da escola de Caravaggio.
Artemísia teve, tardiamente, grande reconhecimento.
{(*) nesta página, acima, um auto-retrato}
Além do livro, há também um filme: Artemísia (Artemmisia - passione estrema) de 1997, dirigido por Agnès Merlet, com Valentina Cervi no papel título
(veja outras obras clicando em "mais informações)
Mas, evidentemente, seu percurso não foi nada fácil. Filha do pintor Orazio Gentileschi – que também tem uma obra na exposição – Artemísia foi recusada na Escola de Artes de Roma, por ser mulher. Depois dos primeiros ensinamentos de seu pai, ele mesmo a encaminha ao pintor e discípulo Agostino Tassi. Inicia-se aí um drama que percorrerá pela vida de Artemísia e influenciará na sua obra. Artemísia é violada por Tassi. Ao caso, sucedeu-se um longo processo judicial em que Artemísia foi muito exposta, tendo que sair de Roma para se preservar e sair da ótica e da moral da igreja romana. Tassi acabou condenado, mas graça a influências, não cumpriu a pena. Há versões que relatam que Artemísia passou de vítima à ré, e caiu nas mãos da inquisição, sendo torturada. Essa versão é apresentada por Susan Vreeland, no livro A paixão de Artemísia (editora José Olyimpio)
De qualquer forma, Artemísia se instala posteriormente em Florença, onde é aceita como a primeira mulher na Academia de Artes de Florença, mas não antes sem ter se casado para ser aceita em sociedade.
Muitos dos temas em que Artemísia trabalha, como o quadro “Judite decapitando Holofermes” ( na sequência, após quebra de página), parece refletir um certo acerto de contas com o passado. É forte também na sua obra a presença da mulher como heroína, sempre em trabalhos com grande elaboração da luz e da sombra na linha da escola de Caravaggio.
Artemísia teve, tardiamente, grande reconhecimento.
{(*) nesta página, acima, um auto-retrato}
Além do livro, há também um filme: Artemísia (Artemmisia - passione estrema) de 1997, dirigido por Agnès Merlet, com Valentina Cervi no papel título
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Judite decapitando Holofermes
Judite e a serva
Susanna e os Elders
Jael e Sisera
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