Aproveitei os feriados para rever duas grandes obras do cinema. Refiro-me à 2001: UMA ODISSÉIA NO ESPAÇO, de Stanley Kubrick e SOLARIS, de Andrei Tarkovsky. Nas ocasiões em que assisti a esses filmes, elas ocorreram com grande intervalo de tempo entre um e outro filme. Desta vez assisti-os quase que na sequência, tendo uma apreensão diferente da que tive anos atrás.
"2001" é de 1968 e "Solaris" de 1972 e - ainda numa atmosfera de um mundo em Guerra Fria - "Solaris" foi recebido como uma resposta soviética à "2001". Bobagem. São duas obras que, se não são antagônicas, partem de princípios diferentes. Kubrick, a grosso modo, trata do espaço exterior, em que apresenta os paradoxos de uma arquitetura de pensamento e ações humanas que levam a consequências de difíceis soluções. Tarkovsky faz um caminho inverso, que não
necessita de grandes efeitos visuais, já que a viagem é ao nosso interior, com todas as complexidades que isso possa supor. É um filme de caráter psicanalítico. Como toda a obra do diretor russo, - o maior entre todos, para Ingmar Bergman - ele exige muito do espectador mas o recompensa ao final.
Após rever os dois filmes, apareceu, quase que inevitavelmente, a tentação de fazer pesquisas na internet. Muitas curiosidades, entre elas, a de que a trilha sonora de "2001" seria do Pink Floyd. Há um texto interessante no Omelete, blog de cinema, que tenta destrinchar algumas passagens do filme e que conta essa história do Pink Floyd. Vendo hoje, seria difícil imaginar o filme sem o poema sinfônico composto por Richard Strauss baseado no livro "Assim Falou Zaratustra" de Nietzsche.
Mas há dois links que faço questão de compartilhar. Este , alegoricamente, percorre o filme de Kubrick de maneira interessante, ainda que, evidentemente, com as suas subjetividades. A outra, esta , mais do que um artigo, um estudo sobre "Solaris" do hoje professor da UNESP e escritor Giovanni Alves.
domingo, 5 de janeiro de 2014
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