
Na ocasião, lamentávamos que, mesmo com a saída de Júlio Neves, o Masp não teria uma mudança significativa já que o "continuísmo tomou corpo com a posse do ex secretário de Júlio Neves" o empresário João de Azevedo, "que já demonstrou não ter nenhuma vocação para pensar o Masp como uma instituição que formula e estimula o pensamento".
O texto fazia apenas uma ressalva amenizadora, que era a indicação para a curadoria, do professor Teixeira Coelho que iniciou uma nova agenda de exposições temáticas a partir da coleção do museu. Mas enfatizava, no entanto, que Teixeira não pretendia discutir o museu tal qual foi pensado pela sua idealizadora, a arquiteta Lina Bo Bardi.
Pois bem, parece que temos novos ares no Masp. O museu conta agora com uma nova direção. O empresário e consultor Heitor Martins, que presidiu a Bienal, é o novo presidente do Masp. E ele trouxe como novo curador, ou diretor artístico - já que contará na sua equipe com outros três curadores - o editor e ensaísta Adriano Pedrosa.
Pedrosa pretende reestruturar o museu voltando às suas origens, conforme foi idealizado por Lina.
O MASP, o principal museu do hemisfério sul e com um dos mais relevantes acervos do mundo, além de acumular uma dívida estimada em R$ 12 milhões, ficou relegado, nos últimos vinte anos, a uma condição de coadjuvante, como se fosse uma instituição menor.

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