sábado, 27 de dezembro de 2014

o renascimento do masp

O Masp ( Museu de Arte de São Paulo) é um dos temas recorrentes deste blog.  Na lista dos "marcadores" esta será a 12° postagem sobre o museu. Em uma destas postagens, tratamos da política do museu, quando da saída de Júlio Neves da sua direção, depois de longos e desastrosos 14 anos. Trata-se do artigo pra não dizer que não falei de brunelleschi .
Na ocasião, lamentávamos que, mesmo com a saída de Júlio Neves, o Masp não teria uma mudança significativa já que o "continuísmo tomou corpo com a posse do ex secretário de Júlio Neves" o empresário João de Azevedo, "que já demonstrou não ter nenhuma vocação para pensar o Masp como uma instituição que formula e estimula o pensamento".
O texto fazia apenas uma ressalva amenizadora, que era a indicação para a curadoria, do professor Teixeira Coelho que iniciou uma nova agenda de exposições temáticas a partir da coleção do museu. Mas enfatizava, no entanto, que Teixeira não pretendia discutir o museu tal qual foi pensado pela sua idealizadora, a arquiteta Lina Bo Bardi.
Pois bem, parece que temos novos ares no Masp. O museu conta agora com uma nova direção. O empresário e consultor Heitor Martins, que presidiu a Bienal, é o novo presidente do Masp. E ele trouxe como novo curador, ou diretor artístico - já que contará na sua equipe com outros três curadores - o editor e ensaísta Adriano Pedrosa.
Pedrosa pretende reestruturar o museu voltando às suas origens, conforme foi idealizado por Lina.
O MASP, o principal museu do hemisfério sul e com um dos mais relevantes acervos do mundo, além de acumular uma dívida estimada em R$ 12 milhões, ficou relegado, nos últimos vinte anos, a uma condição de coadjuvante, como se fosse uma instituição menor.
Martins alterou o estatuto do museu possibilitando uma mudança drástica do conselho que aumentou de 30 para 80 membros, viabilizando canais de abertura para a entrada de novas receitas. Com elas, serão retomadas as obras do anexo, que possibilitará ampliar o espaço das exposições. Mas a maior alteração será no conceito da museologia. Pedrosa já prometeu o retorno dos cavaletes de vidro de Lina, marca fundadora do MASP, e visualiza um espaço "mais penetrável", "menos opaco", ou seja, com a transparência proposta pela arquiteta. Essa "transparência" já pode ser vista na exposição "MASP EM PROCESSO, no subsolo do museu, de terça a domingo das 10 às 18h, quinta das 10 às 20h.




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