é preciso um tempo de esteio
para o peixe cravejado na pedra
é preciso um tempo de veio
para o espeleotema gotejado na gruta
para o peixe cravejado na pedra
é preciso um tempo de veio
para o espeleotema gotejado na gruta
é preciso um tempo de cerne
para o magma assentado na terra
é preciso um tempo de luz
para o relâmpago tracejado no infinito
para o magma assentado na terra
é preciso um tempo de luz
para o relâmpago tracejado no infinito
é preciso um tempo de espera
para o plexo que expele a vida
para o plexo que expele a vida
é preciso um tempo de feixe
para a partícula que concede o caos
para a partícula que concede o caos
é preciso um tempo de ausência
para o acaso do mundo
para o acaso do mundo
o poema "tempos" foi publicado em primeira mão pela revista Cult edição 176 de fevereiro de 2013, capa abaixo.
3 comentários:
Belíssimo. Parabéns pela publicação!
Obrigado Lodovico e seja bem-vindo e este empório.
Presentes: o tempo e o poema
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